sábado, 22 de outubro de 2016

Sete funcionários da Caixa denunciados por fraudes de mais de R$ 3,5 milhões em Ilhéus e Itabuna
Funcionários na  agencia da CEF de Ilhéus atuavam com empresas de fachada
Funcionários na agencia da CEF de Ilhéus atuavam com empresas de fachada
Sete pessoas foram denunciadas por causar um prejuízo de mais de R$ 3,5 milhões à Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo o Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus, eles operavam 17 empresas “de fachada” para conseguir de modo fraudulento 32 empréstimos junto a agências do banco em Ilhéus e Itabuna. Os valores nunca foram quitados. Paulo Henrico Almeida de Melo Santos é apontado como líder do grupo. Junto com outras cinco pessoas, Aline Félix Nascimento, Fabiana Vieira dos Santos, Jaqueline Santana Felix de Jesus, Nadja Almeida de Melo e Tayana Frutuoso de Souza, ele constituiu 17 empresas fictícias entre 2012 e 2013, usando informações e documentos falsos. O objetivo era conseguir empréstimos na Caixa. O gerente de atendimento de pessoas jurídica das agências de Ilhéus e Itabuna à época, Gerson Bernardo Alves dos Santos, é acusado de ser cúmplice nos 32 atos ilícitos cometidos. Ele autorizava indevidamente a concessão de crédito em benefício das empresas. A Caixa instaurou um processo disciplinar que constatou a fraude de irregularidade nos empréstimos, concluindo que o gerente agiu para burlar as regras do banco de maneira intencional, para favorecer os denunciados. A denúncia, do procurador da República, Tiago Modesto Rabelo, diz que Paulo Henrico Santos “constituiu, com o auxílio dos demais denunciados, empresas ‘de fachada’ para ludibriar os controles da Caixa, o que não teria sido possível se o denunciado Gerson Bernardo não tivesse, deliberadamente, transgredido seus deveres funcionais para autorizar ilegalmente os empréstimos, em valores milionários”.  Entre os outros cinco réus, estão a mãe e duas ex-mulheres de Paulo Henrique. Todas estavam cientes da ilegalidade e receberam parte do dinheiro. Os empréstimos eram contraídos na modalidade Giro-Caixa Fácil, que ajuda no fomento à atividade empresarial. As empresas em questão não existiam e nunca funcionaram.  O valor do dano, até abril de 2014, chegou a R$ 3.503.695,38. As primeiras parcelas de alguns empréstimos chegaram a ser pagas apenas para viabilizar a recomposição parcial do crédito, para que o grupo pudesse contrair novos empréstimos.

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