quarta-feira, 29 de abril de 2015

Marta Suplicy deixa o PT dizendo que não tem como conviver com corrupção
Senadora Marta Suplicy alega que foi “isolada e estigmatizada” pela direção do PT
Senadora Marta Suplicy alega que foi “isolada e estigmatizada” pela direção do PT
A senadora Marta Suplicy (SP) entregou nesta terça-feira (28/4) sua carta de desfiliação do  PT, na qual alega que “não tem como conviver” com os escândalos de corrupção envolvendo o partido. “Para mim, como filiada e mandatária popular, os crimes que estão sendo investigados e que são diária e fartamente denunciados pela imprensa constituem não apenas motivo de indignação, mas consubstanciam um grande constrangimento”, justificou a senadora. O diretório municipal de São Paulo confirmou que a carta já foi entregue ao partido. Senadora por São Paulo, Marta foi também deputada e ministra da Cultura, de setembro de 2012 a novembro de 2014, na gestão de Dilma Rousseff. Foi ainda ministra do Turismo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e prefeita de São Paulo, de 2000 a 2004. Em sua despedida, Marta se queixa de que a carta de princípios do partido e seu programa partidário “nunca foram tão renegados pela própria agremiação” e diz que a direção do PT perdeu a capacidade de dialogar e ouvir seus filiados.  “Por décadas, acreditei e dei o melhor de mim na perseguição de ideais que, com seus acertos e erros, não se distanciavam de um norte ético indiscutível e intransigente. Hoje, entretanto, não me sinto mais em condições de cooperar com o que não faz mais sentido a mim e a milhões de brasileiros”, afirma. Ao anunciar a saída do PT, Marta também deixa claro que não pretende renunciar ao mandato de senadora, que poderá ser requisitado judicialmente, se a direção do partido assim o quiser. No texto, ela ressalta que foi eleita com 8 milhões de votos e que sua fidelidade maior é ao mandato, cujo exercício vem sendo cerceado pelo partido. (Agência Brasil)

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