quarta-feira, 26 de março de 2014

Câmara dos Deputados aprova projeto do Marco Civil da internet
Projeto que disciplina uso da internet sofreu resistência e governo precisou fazer ajustes; texto vai para o Senado
Projeto que disciplina uso da internet sofreu resistência e governo precisou fazer ajustes; texto vai para o Senado
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (25/03) o projeto de lei do Marco Civil da internet, que estabelece direitos e deveres da rede mundial de computadores no Brasil. A matéria, que trancava a pauta da Casa desde outubro do ano passado, tem como princípio proteger a privacidade de internautas, garantir a proteção de dados pessoais e o tratamento de forma isonômica dos pacotes de internet comercializados, sem fazer distinção por conteúdo.  A matéria foi votada depois de muita divergência entre a base aliada e o governo federal, que precisou ceder, nos últimos dias, em dois pontos essenciais para levar a matéria ao plenário. Os embates, no entanto, não refletiram na votação de hoje: todos deputados retiraram tentativas de modificar o texto e apenas o oposicionista PPS votou contra. O projeto agora segue para votação no Senado. O texto aprovado prevê uma série de direitos e deveres de usuários, empresas e órgãos públicos no uso da internet no Brasil, e estabelece princípios como a garantia à privacidade e à liberdade de expressão, além da chamada neutralidade da rede. O princípio da neutralidade obriga empresas a tratar de forma igualitária os pacotes de dados, “sem fazer distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”. Ou seja, o artigo impede a comercialização de pacotes de internet para alguém acessar apenas e-mails e determinados sites, mas ficando proibido de assistir vídeos online, por exemplo. Por outro lado, os deixar a internet mais cara. Outro ponto que o governo precisou ceder é o que poderia obrigar empresas a manter dados de usuários no Brasil. Para garantir a vontade do governo, o texto passou a previsão de que as empresas que atuam no Brasil devem respeitar a legislação brasileira, os direitos à privacidade, a proteção de dados pessoas e o sigilo das comunicações privadas. (Terra Brasil)

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