Os senadores que compõem a Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional pediram vistas ao projeto que amplia o leque de jogos de azar legalizados no país durante a reunião do colegiado na tarde desta quarta-feira (24/8). Entre os presentes, Roberto Muniz (PP) e Otto Alencar (PSD), ambos da Bahia. Otto Alencar defendeu abertamente a legalização dos jogos na formatação atual. Acredita que é inegável a contribuição na arrecadação e que existem formas de se evitar a ilegalidade e a “lavagem de dinheiro”, argumentos sempre colocados por quem é contra a liberação de cassinos e bingos, além do jogo do bicho e de apostas eletrônicas. Roberto Muniz sugeriu o pedido de vistas mas já declarou ser favorável ao projeto. “Trazer para formalidade milhares de pessoas que podem contribuir. Não fazia ideia da escala de oportunidades que estávamos perdendo neste tempo. É possível alocar recursos com alcance social sendo muito boa a contribuição para economia de todo o país”. O pepista baiano atribuiu os obstáculos maiores a questões culturais e afirmou que as leis proibitivas do passado estão superadas. Uma das poucas vozes dissonantes foi a da senadora Simone Tebet (PMDB-MS). Entre os principais argumentos da peemedebista está o receio da lavagem do dinheiro e da banalização do negócio. Otto ressaltou, novamente, que a arrecadação pode chegar R$ 20 bilhões por ano. “Sou favorável a medida e podemos criar emendas que obriguem o jogador a apenas fazer apostas com recursos ‘quentes’, ou seja, cartão de crédito, débito. Colocar todos os mecanismos possíveis para assegurar a licitude do dinheiro utilizado. Como auditor posso assegurar que este é um problema que pode ser resolvido”, afirmou o senador Paulo Bauer (PSDB-SC). (Agência Senado)
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