O interrogatório da presidenta afastada Dilma Rousseff no julgamento do impeachment deve terminar nesta segunda-feira (29/8) por volta das 23h. A previsão é do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF e do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, com base no ritmo da sessão. Cada senador tem direito a cinco minutos para os questionamentos, enquanto a presidenta tem usado mais de cinco minutos para as respostas. Com isso, a estimativa é que sejam necessárias no mínimo mais seis horas para o interrogatório e mais uma hora de intervalo, previsto para ocorrer entre 18h e 19h. Em suas respostas, Dilma tem se esforçado para desmontar a tese da acusação de que ela tenha praticado uma forma de “estelionato eleitoral” em 2014, quando teria ocultado a verdadeira situação das contas públicas durante a campanha eleitoral para ganhar votos. A presidenta apresentou gráficos e dados que demonstram que a crise econômica mundial se deteriorou a partir de outubro de 2014, piorando ainda mais em janeiro de 2015. Segundo ela, o preço do petróleo caiu e o dólar subiu em relação a todas as moedas do mundo, o que provocou impacto também sobre o real. Dilma também voltou a responsabilizar o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo processo que está sofrendo. Ao ouvir do líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB) que o processo nasceu nas ruas e não na Câmara a presidenta retrucou.
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