O clima esquentou no final da tarde de terça-feira (24/8), durante sessão extraordinária da Câmara Municipal de Jitaúna, que terminou sendo adiada, onde parte dos vereadores estaria apoiando pedido de afastamento da presidente em exercício da Casa, Rúbia Cristina (PT). Com a galeria lotada, a sessão que tinha início previsto para 17h30 somente foi aberta pela presidente às 19h. Vaias, xingamentos e troca de acusações tomaram conta do ambiente, chegando mesmo às agressões pessoais envolvendo vereadores e a assistência. A Polícia Militar foi chamada no local e o comandante do efetivo policial orientou no sentido de que as pessoas esvaziassem o plenário para que a sessão legislativa pudesse ter continuidade. No calor das discussões, a presidente Rúbia Cristina, que na abertura dos trabalhos não havia franqueado a palavra aos colegas, determinou que um funcionário da prefeitura desligasse o som.
Agressões – O vereador Neres Costa (PSL), ex-presidente da Câmara, diz ter tomado a iniciativa de religar o som, ocorrendo a partir daí uma troca de insultos com o esposo da presidente da Casa, Magno Rocha. “Ele me agrediu com um soco na barriga e quando tentei me defender, em meio a outras pessoas, ele perdeu o equilíbrio e caiu sobre uma porta de vidro sofrendo um corte no braço”, conta Neres Costa, em sua defesa. Magno Rocha que é Sargento lotado no 8º Grupamento de Bombeiros Militares, em Jequié, conta a versão de ter recebido um soco desferido por Neres Costa, o que o levou a perder o equilíbrio caindo sobre a porta com os estilhaços de vidro lesionando o seu braço. Neres Costa, que além de vereador é também Bombeiro Militar, foi acompanhado por policiais militares ao Complexo Policial de Jequié. Ele registrou queixa contra o sargento Magno, questionando o fato de que o mesmo se encontrava armado no recinto da Câmara e permaneceu no local, junto com um ex-segurança do prefeito da cidade, mesmo depois que as demais pessoas foram orientadas a deixarem o plenário da Câmara. O Sargento BM Magno que foi inicialmente levado ao hospital da cidade para uma sutura no braço, se apresentou no 8º GBM e relatou que no caso de uma briga envolvendo dois militares, ambos deveriam ser conduzidos à unidade militar e não à Delegacia de Polícia Civil, como ocorreu em relação a Neres. Ele também se defende do fato de estar no recinto da Câmara, alegando que o seu intuito era o de proteger a esposa “diante de uma possível agressão”. Ele revela estar movendo ações contra o vereador Neres Costa, na Justiça Comum e na Militar.
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