segunda-feira, 30 de maio de 2016

Bahia perdeu mais de dois mil leitos hospitalares nos últimos cinco anos
Médicos se sentem impotentes e vulneráveis nos hospitais públicos do Brasil
Médicos se sentem impotentes e vulneráveis nos hospitais públicos do Brasil
Quase 24 mil leitos de internação foram desativados na rede pública de saúde desde dezembro de 2010 em todo o país. Em dezembro de 2010, o Brasil tinha 335,5 mil leitos para uso exclusivo do SUS (Sistema Único de Saúde). Em dezembro de 2015, o número baixou para 312 mil, ou seja, uma queda de 13 leitos por dia. As informações foram apuradas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), do Ministério da Saúde. A Bahia teve no período a maior redução do Nordeste, sendo o quarto estado do Brasil que mais perdeu leitos de internação. Para o Conselho Regional de Medicina, as consequências desses números são corredores de hospitais lotados e filas numerosas de espera. De 2010 a 2015 foram reduzidos 2.126 leitos em toda a Bahia (-8,3%). Salvador e Feira de Santana, concentram 71% dos leitos do SUS e o CRM vê aponta a necessidade imediata investimentos em novos eleitos, além de se queixar dos pequenos reajustes aplicados na tabela SUS. Por conta do congelamento da tabela SUS, hospitais filantrópicos estão fechando leitos ou encerrando as suas atividades. Em Jequié, por exemplo nos últimos quatro anos, dois hospitais privados foram fechados e outros três [salvo algumas adequações em contratos de retaguarda] suspenderam as suas atividades. A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores para o aumento do tempo de permanência nas emergências. São doentes que acabam ‘internados’ nas emergências à espera do devido encaminhamento para um leito adequado, correndo riscos de contrair infecções.

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