Os drones civis estão se tornando uma real e crescente ameaça para a segurança da aviação comercial, advertiu nesta segunda-feira (15/2) a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), pedindo uma regulamentação antes que ocorram acidentes. De acordo com a Agência Brasil, o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, afirmou que a ameaça que os aviões não tripulados representam está evoluindo, já que as pessoas estão apenas começando a descobrir o potencial da tecnologia. “Não podemos permitir que sejam um obstáculo ou uma ameaça à segurança da aviação comercial”, sustentou, defendendo uma “abordagem avisada” relativamente à regulação e um “método pragmático” de aplicação da mesma para quem “não observar as regras e os regulamentos e colocar os outros em perigo” À medida que a utilização dos drones se expande da esfera militar para a comercial e até para fins puramente recreativos, os especialistas temem que os aparelhos – caso não sejam regulados – possam um dia colidir com um avião comercial .“A questão é real. Temos uma série de relatórios de pilotos relativos a drones que não estavam à espera de [os] encontrar, particularmente a baixas altitudes em torno dos aeroportos. Não há como negar que existe uma ameaça real e crescente à segurança da aviação comercial” causada pelos drones, afirmou Tyler. Rob Eagles, um especialista da Iata em drones, disse que o grupo não dispõe de números sobre os aviões não tripulados que existem em todo o mundo. Ele informou que quando a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos ordenou o registo de drones com peso de até 25 quilos, no ano passado, foram contabilizados 300 mil só no primeiro mês (em dezembro). A principal preocupação da Iata é com os drones que voam a baixas altitudes perto dos aeroportos, que podem representar ameaça para os aviões na hora de decolar ou aterrissar. Os reguladores da aviação garantem que o espectro de rádio usado para controlar os drones não interfere nos sistemas de controle do tráfego aéreo.
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