terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pesquisadores se preparam para combater novas pragas

Preocupados em atender as demandas dos cacauicultores e anteceder possíveis crises nas plantações com os frutos, foram motivos para a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) Bahia reunir seus técnicos e extensionistas e detalhar a sintomatologia de algumas pragas que atacam as plantas no Estado. O destaque do encontro que, aconteceu no inicio do mês de fevereiro, no auditório do órgão, foi a praga conhecida como Cochonilha rosada (Macollenicossus hirsutus), e também o ácaro da gema (pouco conhecido pelos produtores). De acordo com o entomologista Kazuiyuky Nakayama que proferiu a palestra, falta educação fitossanitária para a população em geral e falta, ao produtor, atenção redobrada à plantação. “As pessoas não imaginam que transportar plantas pode ser muito perigoso, porque podem estar transportando pragas. A cochonilha rosada, por exemplo, teve sua disseminação agravada pelo transporte indiscriminado de plantas ornamentais. Já os produtores, sabemos que é tradição deixar o cuidado com a roça a cargo dos empregados”, afirmou. Nakayama disse que a Cochonilha rosada avança por dentro da mata a uma velocidade estimada de 10 quilômetros por mês. “Como ela vem do recôncavo e também do extremo sul, dá para imaginar que em alguns meses estará com toda força na região cacaueira, não apenas nas plantações, mas também nas cidades”. Outras pragas Entre as outras pragas com importância econômica para a lavoura cacaueira, estão a lagarta da mariposa Ecdytolopha aurantiana (Costa Lima 1927) (Lepidoptera, Tortricidae), e lagarta da mariposa Ectomyelois muriscis (Dyar, 1914), (Lepidoptera, Piralidae, Phycitinae). Ambas são lepidobrocas, que iniciaram surtos de ataques sobre o fruto do cacaueiro. Mas, também chama a atenção o Ácaro da gema (Aceria reyesi), que ataca as gemas florais, impedindo o lançamento foliar, o que prejudica a fotossíntese e, consequentemente, a saúde da planta. O Ácaro da gema teve sua incidência potencializada pela escassez e irregularidade na distribuição das chuvas, verificadas na região nos últimos anos. O pesquisador afirmou que, mesmo com toda a informação, não é possível conter a chegada das pragas na região, portanto, é preciso conviver com o ataque, restado apenas aprender a melhor forma de enfrentamento e convivência. Até agora, a principal recomendação é o manejo integrado, com controle químico e biológico, adubação e uso de inimigos naturais. “Mas tenho certeza que em breve muita pesquisa vai surgir, muitas teses serão desenvolvidas”, concluiu. Assista a matéria sobre a Choconilha rosada aqui.
(Mercado do Cacau)

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