terça-feira, 10 de novembro de 2015

Oito PMs e ex-prefeita de Ibicoara são denunciados por ameaçar policiais federais
Prefeita Sandra Vidal é acusada de crime de coação no curso do processo
Prefeita Sandra Vidal é acusada de crime de coação no curso do processo
Oito policiais militares e a ex-prefeita do município de Ibicoara, Sandra Regina Gomes Vidal (PCdoB), estão sendo investigados por grave ameaça contra dois policiais federais que apuravam compra de voto no município. A denúncia foi feita no dia 19 de outubro e recebida pela Justiça Federal três dias depois. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) na Bahia, todos os denunciados já são réus no processo. Os dois agentes da Polícia Federal cumpriam diligências, em 2011, para interrogar os moradores da cidade para instruir inquérito policial sobre compra de votos em benefício do atual deputado federal, Edson Pimenta, ex-companheiro da ex-prefeita Sandra Regina. Os moradores teriam recebido cestas básicas no ano de 2010 em troca de votos para Edson Pimenta. Na época, Sandra Vidal avisou sua filha e chefe de gabinete, Tayin Lua Vidal Pimenta, sobre a investigação, que acionou os PMs para impedir as diligências dos agentes federais. Tayin Lua também avisou os ex-servidores da prefeitura Natal Neto Luz e João Santos Reis e o vereador do município de Anagé, Igor Leonardo Oliveira Macário. Os três seguiram o carro dos policiais federais para facilitar a localização, avisar os militares e acompanhar a abordagem. Mesmo com a identificação da PF no carro, os agentes foram abordados por oito policiais militares que ordenaram que os dois recolhessem suas armas e saíssem com as mãos para cima. O veículo federal foi revistado enquanto os agentes tinham armas apontas para suas cabeças. Ainda de acordo com o MPF, durante todo a ação os PMs fizeram repetidas e graves ameaças, inclusive de morte. Todos os envolvidos no processo são acusados por crime de coação no curso do processo. Se condenados, os réus podem ficar presos de um a quatro anos, além de terem decretada a perda do cargo ou função pública. Por se passar por um policial, João Santos Reis também pode ser condenado pelo crime de falsa identidade e pegar de três meses a um ano de cadeia ou multa. (Correio)

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