segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Novo vírus da Dengue espalha medo em Feira de Santana

Agentes combatem o vírus da Chikungunya.
Dobrado, contorcido de dor. O significado de chikungunya na língua maconde, um dos idiomas oficiais da Tanzânia -onde a "prima da dengue" nasceu- está na boca do povo de Feira de Santana, 108 km de Salvador. A cidade, de 600 mil habitantes, vive uma epidemia da doença que está se alastrando pelo país e promete ser a nova preocupação do verão. "Deixa a gente travado, dói todas as juntas do corpo, mãos, braços, pernas. Até pra pegar um copo é difícil", diz Luiz André Pereira da Silva, 33, morador no bairro George Américo, que concentra quase 40% dos 371 casos confirmados e 1.161 suspeitos. Na rua onde ele mora, T1, ao menos oito vizinhos tiveram "chiku", como a doença foi apelidada. Nas ruas próximas, todas com letras em vez de nomes, a cena se repete. A febre chikungunya já visitou o alfabeto inteiro. O vírus é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue (Aedes aegypti). Dor, muita dor nas articulações é a principal queixa dos moradores, embora na fase aguda a doença também provoque febre alta, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo -assim como na "prima" dengue. "Não mata, mas deixa a gente quebrado. É uma dor que você não aguenta", relata o pedreiro Joselito Pereira dos Santos, 49, que convive com o sintoma há dois meses. A letalidade da doença é baixa (1 morte para 1.000 casos). Em até um terço dos casos, as dores articulares continuam por um mês ou mais. Em 10%, podem durar anos e até resultar em artrite crônica. Informações da Folha.

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