O prefeito da cidade de Mirante, Hélio Ramos Lima, teve a função pública suspensa e foi proibido de entrar nas dependências da prefeitura durante a Operação da Polícia Federal (PF), realizada na manhã desta terça-feira (20/10). A ação da PF teve como objetivo combater o esquema de fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município. A ação denominada de “Operação Belvedere” foi conduzida pela delegacia da Polícia Federal em Vitória da Conquista, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União. De acordo com a PF, o esquema já rendeu mais de R$ 4 milhões para as empresas envolvidas no crime, que recebiam o dinheiro da prefeitura a mando do prefeito. Até as 10h, já tinham sido cumpridos oito mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e bloqueio e sequestro de bens e valores na casa de R$ 1,095 milhão.
Além do prefeito, houve outros cinco mandados de suspensão do exercício da função pública e a proibição de entrar nas dependências da prefeitura, incluindo a primeira-dama e outros servidores públicos ligados ao esquema, que foram proibidos de ter acesso às sedes das prefeituras nas cidades baianas de Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Serra, Poções, Planalto e Feira de Santana. Segundo a PF, esquema começava com o prefeito e o presidente da Comissão de Licitação, que cuidavam da formalização da licitação com o objetivo de direcionar o certame para que alguma empresa parceira da organização criminosa saísse vencedora. A polícia explicou que as empresas aceitavam participar da simulação por meio de um sócio-representante que concordava em repartir os recursos públicos repassados a ela e, por fim, o prefeito administrava as transferências de recursos públicos advindas da empresa. A ação acontecia, de maneira dissimulada, por meio da conta corrente de um servidor municipal com o objetivo de não atrair a atenção das autoridades. (A Tarde)
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