segunda-feira, 15 de julho de 2013

Evangélicos já são um quarto da população

Evangélicos já são um quarto da população, segundo mostra IBGE


Pelos menos um quarto da população do Distrito Federal se declarou membro de alguma religião evangélica no Censo 2010 feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). O levantamento constatou que 26,8% dos brasilienses participam de denominações protestantes. Mesmo assim, os católicos ainda estão na frente representando 56,6% dos religiosos da capital.
No comparativo entre os dois últimos censos, foi possível constatar uma diminuição de 10 pontos percentuais entre o número de fiéis da Igreja Católica. Enquanto que os evangélicos de diversas denominações aumentaram em 7,3 pontos na última década.
De acordo com o teólogo e professor de Direito Canônico da Universidade Católica de Brasília, Paulo Bosco, os números nem sempre representam o que aparentam. Para ele, a temática é muito mais ampla e complexa.
— Não se pode analisar os dados friamente. É preciso observar o contexto. Fala-se muito em número de fiéis das denominações, mas o que esses números representam é o mais importante.
Bosco analisa que hoje o homem está focado mais em si e menos em Deus. E, neste contexto, surgem diversas religiões protestantes com propostas relativistas a respeito do que é divino.
— Estamos passando por um processo de diversidade religiosa. Os nossos valores estão se tornando cada vez mais relativistas, ao mesmo tempo em que surge o pluralismo religioso. Desta forma, o homem religioso busca resolver sua necessidade urgente, do agora. E a proposta protestante também se adequou a esta realidade.
Protestantismo
O protestantismo surgiu na Europa Central no início do século 15 em reação às doutrinas e rituais do catolicismo medieval. Com o passar dos anos, este grupo também ficou conhecido como evangélicos.
No Brasil, o termo protestante geralmente é atribuído a religiões que surgiram pela reforma protestante. Esta reforma surgiu quando Martinho Lutero publicou 95 teses que questionavam doutrinas católicas. Deste movimento0 surgiram religiões tradicionais como Presbiteriana, Luterana, Anglicana, Metodista, Batista e Congregacional.
Mas, hoje, é possível encontrar diversas religiões que se denominam evangélicas. Essas denominações também são conhecidas como pentecostais ou neopentecostais. Todas essas são incluídas no grande grupo de cristãos que também engloba os católicos.
"Experiência real"
O pastor evangélico Rubilar Marques da Costa, é líder espiritual da Igreja Evangélica Ministério Plenitude em Planaltina, região administrativa do DF. Marques acredita que os fiéis encontram nas igrejas protestantes um Deus de prática. Para ele, a fé precisa de ação para se manter viva.
— Estamos sempre em busca de uma experiência real com Deus, sem intermediários. A fé se alimenta da palavra e da experiência com Deus.
Outro fator apontado pelo pastor Marques é a contribuição da mídia na divulgação da fé evangélica.
— Hoje temos mais espaço na mídia. Antes, havia muito preconceito. Mas, hoje, a população conhece um pouco mais do nosso trabalho. Nossas lideranças estão aptas a receber a todos sem distinção ou preconceito.
Os dados levantados pelo IBGE também registraram o número de pessoas que se declararam sem religião. No DF são mais de 236 mil pessoas, o que representa 9,2% da população. Outro fator, que opinião do teólogo Bosco, contribui para a diversificação religiosa.
— O ser humano está assumindo a ausência de Deus em sua vida. E isso significa dizer que o homem está focado em si mesmo para resolver questões internas. Este grupo também nega a importância da fé e a necessidade de religião.

( r7 )

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