segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Rombo acumulado de R$ 381,8 milhões levará Ebal à privatização
Em 2007 a Cesta do Povo era festejada como maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, contando com 52 lojas em Salvador e Região Metropolitana e presença em 236 municípios comercializando mais de 2.500 itens
Em 2007 a Cesta do Povo era festejada como maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, contando com 52 lojas em Salvador e Região Metropolitana e presença em 236 municípios comercializando mais de 2.500 itens
Com um rombo acumulado de pelo menos R$ 381,8 milhões no governo Wagner, a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que controla as lojas da Cesta do Povo, será levada à privatização como uma das primeiras iniciativas da futura administração Rui Costa. A Ebal foi criada em 1980 pelo ex-governador Antonio Carlos Magalhães.  O valor acumulado do déficit corresponde à soma dos repasses feitos pelo estado entre os anos de 2007 e 2014 apenas para manter a Ebal em funcionamento. Os dados estão disponíveis em relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Portal Transparência. “Historicamente, o estado vinha aportando recursos a título de aumento de capital, só que a Ebal utilizou para se manter, e não para investir.  A Ebal usa esse expediente há 10, 15 anos. Não resta dúvida de que ela não consegue autossuficiência financeira, não sobreviveria sem o aporte”, diz Gildásio Penedo, conselheiro do TCE e relator das contas de 2013 do Executivo. O fato de a Ebal não ser autossuficiente foi justamente o argumento apresentado pelo governador eleito, Rui Costa (PT), ao anunciar a intenção de privatizar a empresa. Segundo o petista, não era mais possível tirar dinheiro “da saúde, educação, estradas e água para colocar em um supermercado”. Há pelo menos 10 anos, o TCM questiona, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, o fato de o governo não considerar a Ebal uma empresa estatal dependente, apesar dos sucessivos repasses para custeá-la. O próximo governo diz ainda não ter definido como ocorrerá o processo de privatização e o modelo de alienação de suas cotas na Ebal. Com informações de A Tarde

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