quarta-feira, 14 de abril de 2021

 Caso Henry: advogado decide deixar a defesa de Dr. Jairinho


O advogado André França Barreto Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo


RIO - O advogado André França Barreto, que representava Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, no inquérito em que ele é investigado pela morte do enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, acabou de renunciar à defesa do vereador no caso. Em nota, ele alegou que a decisão tem o objetivo de "evitar conflito de interesse", já que ele tambem representava Monique Medeiros da Costa e Silva, namorada de Jairinho e mãe do menino, que decidiu contratar outro escritório.

No segundo depoimento que prestou na 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pelo caso, a babá Thayna de Oliveira afirmou ter sido pressionada pelo então defensor de Jairinho, que à época também defendia Monique, sobre o que diria no primeiro relato à polícia. Segundo a babá, em uma reunião no escritório de André, ele disse ser “católico como a declarante”, como consta no novo termo de declaração, e afirmou que ela, por acreditar em Deus, “tinha que falar para o mundo o quão pessoas boas eram Monique e Jairinho”.

No encontro, que também teve a presença da empregada doméstica da família, Leila Rosângela de Souza, que foi ouvida pela segunda vez nesta quarta-feira, Thayna relatou ter sido orientada pelo advogado a dar uma entrevista a um canal de televisão. André enumerou todas as respostas que deveriam ser dadas, e afirmou que a babá teria de dizer as mesmas coisas ao ser ouvida na delegacia.

Henry Borel Medeiros tinha 4 anos Foto: Reprodução
Henry Borel Medeiros tinha 4 anos Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira, os novos advogados de Monique estiveram na 16ª DP. Thiago Minagé, Hugo Novaes e Thaise Mattar tiveram acesso ao conteúdo da investigação. Na saída da unidade, Hugo Novaes, um dos defensores da professora, afirmou que solicitou à polícia que também marque um novo depoimento de Monique:

- A nossa estratégia é que ela diga a verdade. A prisão de Monique foi a melhor coisa que aconteceu, foi a libertação contra a opressão e o medo. E a Monique precisa ser ouvida, até agora ela não falou por ela - disse a advogada Thaise Mattar.(oglobo)


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