quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Vôlei: Brasil tem noite ruim, cai para a China e dá adeus à Rio 2016

Gabriela, Brasil X Japão Vôlei (Foto: André Durão / Globoesporte.com / Nopp)
Meninas do Brasil incrédulas em quadra (Foto: André Durão / Globoesporte.com / Nopp)


Quando a pancada de Sheilla bateu na rede e voltou, algo se mostrou fora do lugar. A casa estava cheia, a festa estava montada, mas tudo desabou em pouco mais de duas horas. Como numa ironia escrita às pressas, o roteiro montado há tempos foi jogado no lixo. Nas previsões, poucas medalhas pareciam tão certas. Pareciam. Em uma noite para ser esquecida, o Brasil lutou até o fim, mas caiu para a China em 3 sets a 2, parciais 15/25, 25/23, 25/22, 22/25 e 15/13, e deu adeus ao sonho do tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio. O choro em quadra foi inevitável.

Na fase de classificação, a China passou em quarto lugar no grupo B. O Brasil, que sequer havia perdido um set na competição, havia avançado em primeiro. Embalada, a China vai encarar a Holanda, nesta quinta-feira, para definir uma das finalistas.

Era um jogo tenso àquela altura. Em ataque de Ting Zhu, a China fez 8/7, mas Zé Roberto viu bola fora e desafiou. Estava certo. Dois erros em sequência, porém, fizeram com que as chinesas retomassem a dianteira. O Brasil virou em um golpe de sorte, quando o ataque de Fê Garay raspou na cabeça da rival, dando o ponto para o Brasil. Zé, então, chamou Jaqueline. A veterana entrou em quadra no lugar de Natália e marcou logo em sua segunda jogada, mas ainda faltava algo.

O Maracanãzinho se prendia em tensão, e a seleção parou. Em uma série de erros das donas de casa, a China chegou a 21/18. Em quadra, Sheilla reuniu as jogadoras e pediu calma. Zé, por sua vez, pediu tempo. Mas nada parecia certo. Com o set point em mãos, as chinesas chegaram a fechar, mas o árbitro flagrou invasão, fazendo a seleção respirar. Mas a queda foi apenas adiada: em mais um golpe de Ting Zhu, 25/22.

O Brasil juntou os cacos e tentou se arrumar. O início do quarto set, porém, não foi bom. Os erros ainda estavam ali, com uma frequência incômoda. Zé Roberto fechou o rosto, pôs a mão na testa e pediu tempo. No retorno, o time pareceu se acertar. Acertou a mão em alguns ataques, mas foi passageiro. A China, do outro lado, tinha a leveza de quem jogava sem pressão. Abriu 12/9 e fez o Maracanãzinho se calar. (globo.com)

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