segunda-feira, 25 de maio de 2015

Presidente do Sindimed reprova Consórcios de saúde: “Não vão resolver nada”
Médico José Magalhães diz que consórcios não vão resolver o problema da saúde na Bahia (foto reprodução)
Médico José Magalhães disparou contra os prefeitos, “eles querem tudo dado” (reprodução)
Os Consórcios de Saúde inseridos no programa da Secretaria de Saúde do Estado, como a principal alternativa apresentada pelo atual governo de reverter as dificuldades do setor enfrentadas pelas populações dos municípios do interior, nos quais estão sendo propostas as construções de 27 Policlínicas em cidades de maior convergência nos territórios de identidade baianos, “não suprirão a demanda da oferta de serviços do setor no interior do estado devido a falta de vontade política dos prefeitos”, na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), em entrevista exclusiva que concedeu ao site Bocão News, em Salvador.  Médico ginecologista e obstetra com mais de 27 anos de atuação, Magalhães criticou na entrevista a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), que segundo ele, emperra em pontos de gerência e na falta de dinheiro. Magalhães afirma que a saúde na Bahia está longe de ser a ideal. “Essa história de consórcio, não vai resolver o problema. Infelizmente, essa é uma realidade que eu estou vendo. […] Eu conheço muito bem a realidade da saúde no interior da Bahia.
Prefeitos dos vales Jiquiriçá e Médio Rio das Contas foram os primeiros a entregar o protocolo de intenções do Consórcio ao governo
Prefeitos dos vales Jiquiriçá e Médio Rio das Contas foram os primeiros a entregar o protocolo de intenções do Consórcio de Saúde ao governo do estado
Mais adiante na entrevista, o presidente do Sindimed, José Magalhães, alfineta os prefeitos, “nenhum deles querem ver saúde de qualidade. Eu não conheço um que tenha feito um investimento para querer uma saúde de qualidade, eles querem tudo dado”, disparou. Citou como exemplo o programa Mais Médicos, do governo federal, que levou muitos prefeitos a dispensarem profissionais que eram contratados das administrações municipais. “Nós precisamos que o político mude seu paradigma em relação à saúde, saía desse discurso de querer tirar proveito e tenha efetivamente uma mudança de atitude”, argumenta. Para ele, a solução para os problemas atuais é a criação de carreira de estado na saúde, como existe no Judiciário. Durante a entrevista ao Bocão News, José Magalhães falou também da violência a qual muitos profissionais da saúde estão expostos, da situação de hospitais públicos baianos, das consequências do fechamento do Hospital Espanhol, criticou o aumento de escolas de medicina no país e apontou os desafios que o Sindimed ainda tem pela frente no papel de representatividade da categoria médica baiana.(jequiereporter)

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