terça-feira, 12 de agosto de 2014

Por estudos e com ‘pavor’ de enterro, baiano decide doar corpo à faculdade




Um morador do bairro de Nazaré, em Salvador, quer doar o próprio corpo após sua morte para a realização de estudos no Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Romário Machado, de 45 anos, conta que tomou decisão com o objetivo de aprimorar as pesquisas dos estudantes e também por ter “pavor” de ser enterrado. "Quero doar por uma série de motivos. O principal deles é porque quero ajudar a estudar as doenças, porque isso é uma coisa boa. O segundo motivo é que eu tenho pavor de ser enterrado e odeio velório, onde só tem falsidade e hipocrisia", critica. A Sociedade Brasileira de Anatomia informou que o velório não impede a doação, que pode ser feita após a realização da cerimônia. A associação acrescenta que, como as doações são feitas junto às universidades, não há como contabilizar o número de processos na Bahia.

Romário está aposentado e afirma que já fez a solicitação junto à UFBA e que, mesmo bem de saúde, tem pressa para oficializar o pedido. “Entrei no site da UFBA, preenchi um formulário para doação e entrei em contato telefônico. Como a gente não sabe o dia que ia morrer, fico preocupado e quero que isso se resolva logo”, confessa. Em entrevista, Adelmir Machado, diretor do Instituto de Ciência da Saúde da UFBA, informou que o pedido do morador já chegou à universidade, que por sua vez encaminhou “Termo de Intenção de Doação” para o aposentado. “Ele fez uma solicitação para o departamento e já obteve a resposta para que preencha o modelo de termo de intenção. Depois, o departamento vai fazer a análise desse termo. Estamos à disposição para dar todas as informações que ele deseja”, conta o diretor, que acrescenta também que o morador terá que registrar o documento em cartório.

(G1)

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