terça-feira, 26 de novembro de 2013

Uso indiscriminado de Ritalina pode causar ‘genocídio do futuro’, diz pediatra

Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição mundial de consumo da Ritalina atrás apenas dos Estados Unidos
Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição mundial de consumo da Ritalina atrás apenas dos Estados Unidos
Indicada para tratar portadores de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), a ritalina vem sendo indicada de maneira descontrolada no país. No caso das crianças, que tem o organismo ainda em fase de crescimento, o risco é ainda maior. “Fala-se muito que, se a criança não for tratada, vai se tornar uma dependente química ou delinquente. Nenhum dado permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona. E o que está acontecendo é que o diagnóstico de TDAH está sendo feito em uma porcentagem muito grande de crianças, de forma indiscriminada”, diz a pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A especialista diz que se não haver um controle mais rigoroso sobre a droga, as gerações futuras poderão sofrer consideravelmente. “A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro”, disse.  A ritalina é um metilfenidato, da família das anfetaminas, e tem como objetivo, melhorar a concentração, diminuir o cansaço e acumular mais informação em menos tempo. Ocorre que a droga pode trazer dependência química, pois tem o mesmo mecanismo de ação da cocaína, e é classificada pela Drug Enforcement Administration como um narcótico. As reações adversas ao consumo da droga se dão em todo o organismo e, no sistema nervoso central, são mais incisivas.Informações da Agência Brasil

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