segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Deputados baianos que criticaram ”corrupção”, aparecem em lista da Odebrecht
José Carlos Aleluia é citado em delação. Fotos: Agência Câmara
José Carlos Aleluia é citado em delação. Fotos: Agência Câmara
A planilha da Odebrecht que detalha pagamentos de propina a políticos contém o nome de quatro deputados federais que criticaram corrupção durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.  Dos quatro, três foram favoráveis ao impeachment: Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e José Carlos Aleluia (DEM-BA). Contra o impeachment, Daniel Almeida (PC do B-BA), também foi listado pela empreiteira e se opôs a corrupção na sessão que apreciou o impeachment. A relação de políticos que receberam pagamentos da empreiteira em troca de vantagens faz parte da delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que ainda não foi homologada. De acordo com informações da Operação Lava Jato, Imbassahy recebeu R$ 300 mil na campanha de 2014. Ao proferir o seu voto favorável à saída de Dilma, ele equiparou o voto contra o impeachment em uma parceria com ”um governo do retrocesso, do vale-tudo, mergulhado na corrupção”. De acordo com o que afirmou o parlamentar na ocasião, ”corrupção não se compara, corrupção se pune”.
Segundo a Vala Jato, Imbassahy recebeu R$ 300 mil na campanha
Segundo a Vala Jato, Imbassahy recebeu R$ 300 mil na campanha
Imbassahy foi escolhido pelo presidente Michel Temer para assumir a Secretaria de Governo, em uma tentativa aumentar o espaço do PSDB na gestão. Ele ocupará o lugar do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou o governo após ser envolvido em uma crise política. Mais sucinto, Duarte Nogueira, prefeito eleito de Ribeirão Preto (SP), disse que o Brasil não aguenta mais ”mentiras, impunidade e corrupção” e que seus pais lhec”ensinaram valores e princípios”. Já Aleluia, ao proferir o seu voto, disse que Dilma ”não é honrada” e que ela ”roubou na refinaria, roubou na PETROBRAS e roubou em Belo Monte”. Do outro lado do espectro ideológico, Almeida se dirigiu ao então presidente da Câmara e falou em uma “conspirata de corruptos liderada por vossa excelência, deputado Eduardo Cunha”.

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