segunda-feira, 7 de março de 2016

“Ação da PF foi violenta e agrediu Estado de Direito”, diz o Instituto Lula
Após deixar o Posto da PF onde depôs Lula se dirigiu à sede do PT em São Paulo
Após deixar o Posto da PF onde depôs Lula se dirigiu à sede do PT em São Paulo
Para o Instituto Lula, a ação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira  (4/3) foi uma ação “violenta”, com o objetivo de provocar “constrangimento público” ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A violência praticada hoje contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal”, diz trecho da extensa nota. “É uma violência contra a cidadania e contra o povo brasileiro, que reconhece em Lula o líder que uniu o Brasil e promoveu a maior ascensão social de nossa história”, diz a nota do instituto.  Para a entidade, as ações foram precipitadas e a Operação Lava Jato “cometeu uma grava afronta” ao Supremo Tribunal Federal, já que agiu antes que as liminares pedidas pelo ex-presidente fossem julgadas pelo órgão. Na terça-feira (1), advogados do ex-presidente protocolaram no STF uma manifestação sobre as informações espontaneamente prestadas na Operação Lava Jato.
Agentes de Policía e curiosos em frente à residência de Lula, em São Bernardo do Campo
Agentes de Policía e curiosos em frente à residência de Lula, em São Bernardo do Campo
Os advogados do ex-presidente Lula pediram à ministra Rosa Weber que apreciasse o pedido de liminar, que tem por objetivo suspender os procedimentos investigatórios sobre o apartamento tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia, até que o STF defina quem terá competência para julgar Lula: se o Ministério Público Federal ou o Ministério Público Estadual de São Paulo. O instituto também reclamou da quebra de seus sigilos bancário e fiscal, alegando que a Operação Lava Jato já recebeu todas as informações referentes a suas contas, e das quebras de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente. “Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Lula, pois este sigilo já foi quebrado, compartilhado com o Ministério Público Federal e vazado ilegalmente para a imprensa – este sim um crime que não mereceu a devida atenção do Ministério Público”, diz a nota. Segundo o instituto, Lula não deveria ser levado a depor sobre um apartamento, o tríplex no Guarujá, e um sítio, em Atibaia, que não são dele. “Além de esclarecer a situação do apartamento em nota pública – na qual chegou a expor sua declaração de bens – e em informações prestadas por escrito ao Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente prestou esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em ação perante o Supremo Tribunal Federal, que também é de conhecimento público”.

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