terça-feira, 18 de março de 2014

Dom Murilo admite a ocorrência de casos de pedofilia na igreja católica da Bahia
Dom Murilo admite a ocorrência de casos de pedofilia na igreja católica da Bahia
O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, que está na Bahia há três anos, admite que já houve casos de pedofilia na Bahia. "Muitas vezes corre em segredo de Justiça não pelo padre, mas pela criança. Eu, aqui em Salvador, não tive, sei que houve no passado aqui, mas não saberia dizer números. [...] Quando há denúncia, temos que ir atrás, averiguar. Se for comprovado, temos que ser os primeiros a denunciar em termos de Igreja e essa pessoa perde o estado clerical”, disse em entrevista publicada no jornal Correio desta segunda-feira (17). Ao se referir à relação entre a Igreja Católica e as religiões de matrizes africanas, ele afirma que não aceita o sincretismo religioso, como já havia dito em entrevista ao Bahia Notícias em abril do ano passado. “Uma coisa é o diálogo, que é sempre bom [...] Esse diálogo acontece geralmente de forma informal. Eu não aceito, acho prejudicial para os dois lados, o sincretismo. No português claro, é colocar várias doutrinas dentro do liquidificador e aquela massa disforme e inodora que sair vai ser usada por todos”, diz o clérigo. Dom Murilo afirma, ainda, que é preciso combater a violência por questão religiosa, de raça e outras coisas, mas que “respeito não significa que é tudo uma coisa só". Em relação à "perda" de fieis, principalmente para as igrejas protestantes, o arcebispo considera a necessidade de investimentos nos meios de comunicação. “Hoje, no mundo globalizado, você não atinge mais no contato direto todo mundo. É ilusão que tivemos durante muito tempo. Nossas igrejas cheias, o padre com uma palavra de autoridade julgava que tinha todo mundo nas mãos. E nossos irmãos de outras igrejas foram percebendo a força da comunicação [...] Com uma rádio, uma TV, a internet, você entra em lugares onde não entraria", opina. Ainda durante a entrevista, o líder religioso falou sobre a Campanha da Fraternidade lançada no dia 5 deste mês. O tema é "Fraternidade e Tráfico Humano” o que, para o arcebispo, é um problema mundial e "uma das grandes fontes de recursos ilícitos, depois das drogas e das armas".(bahianoticias)

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