sexta-feira, 1 de março de 2013

Fechamento da Maternidade do Prado Valadares movimenta setores organizados de Jequié



O fechamento da Maternidade do Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), cujo atendimento será feito, a partir de março, na Santa Casa e Hospital São Judas Tadeu, vem movimentando a sociedade civil organizada de Jequié. Nesta quinta-feira, às 19 horas, será realizada uma Audiência Pública, na Câmara Municipal, para a qual foram convidados representantes de vários órgãos governamentais e outros interessados. A proposta é tirar dúvidas e buscar esclarecimentos sobre a mudança dada como certa pelo governo do estado da Bahia. Alguns setores já se anteciparam se posicionando contrários à transferência de um serviço público essencial do governo para particulares.
Entre os que pensam assim estão Rita Rodrigues, presidente do Conselho Municipal de Saúde; Maurício Cavalcante, presidente Conselho Comunitário de Jequié; Celso Argolo, diretor do Sindicato dos Bancários de Jequié e Região e cidadão ligado aos movimentos sociais da cidade; professora Eliane Fonseca Linhares, com 20 anos de atuação na sala de parto do Prado Valadares e responsável pelo acompanhando os alunos da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus de Jequié) em suas atividades na unidade.
As pessoas que tem se manifestado contrários ao fechamento da Maternidade do Prado Valadares alegam terem recebido a notícia com surpresa e defendem uma ampliação na discussão com a sociedade. Além disso, demonstram preocupação com a transferência de responsabilidades do Estado, conforme destacou o presidente do Conselho Comunitário, Maurício Cavalcante, que também é promotor de justiça. “O Estado deixa de cumprir seus deveres, transferindo-os a particulares”, criticou.
O OUTRO LADO
O diretor do Hospital Geral Prado Valadares, Gilmar Vasconcelos, disse, ao receber a visita dos vereadores Neto da Água Já, Soldado Gilvan, Fiim, Manoel Aragão, Beto de Lalá, José Wanderley, Dorival Júnior e Chico de Alfredo, na tarde de quarta-feira (27/02/13), “que o Estado (Sesab) tem muito pouco a ver com isso”, pois “as decisões macro foram tomadas depois de várias discussões na região, com secretários municipais de saúde e com representantes de Comitê de Saúde”.
O coordenador médico da Santa Casa e Hospital São Judas Tadeu, Lincoln Prata Góis, também recebeu o mesmo grupo de vereadores. Na oportunidade fez uma explanação sobre o funcionamento da Maternidade, afirmando que tudo deverá acontecer gradativamente até a Santa Casa ter as duas salas cirúrgicas prontas. Ele disse ainda que o atendimento será de alta qualidade bem diferente do que acontece hoje. ( jequieeregiao )

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