segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ministério da Saúde e Caixa repassaram R$ 153 milhões a investigadas na Lava Jato
Polícia Federal deflagrou na sexta (10) a Operação A Origem (reprodução)
Polícia Federal deflagrou na sexta (10) a Operação A Origem (reprodução)
Duas empresas investigadas na 11ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “A Origem”, receberam do governo federal ao menos R$ 153 milhões desde 2011, de acordo com dados disponíveis na decisão de prisão decretada pela Justiça e no Portal da Transparência. Desse total, R$ 50 milhões foram repassados pela Caixa Econômica Federal à IT7 Sistemas, do segmento de tecnologia da informação, e os outros R$ 103 milhões foram pagos pelo Ministério da Saúde à agência de publicidade Broghi Lowe.  Os R$ 50 milhões repassados pela Caixa Econômica à IT7 Sistemas constam em despacho do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal em Curitiba-PR, responsável pela condução da Lava Jato na primeira instância. Já o valor pago pelo Ministério da Saúde à agência de publicidade é referente à pesquisa feita pelo jornal O Estado de S. Paulo no Portal da Transparência. Esse montante foi repassado pela pasta à Borghi Lowe desde 2011 e é referente a campanhas de publicidade do Programa Mais Médicos, uma das principais bandeiras do governo Dilma Rousseff, e de campanhas de prevenção de doenças como tuberculose, poliomielite e a gripe H1N1. Como a Caixa é uma empresa pública, seus contratos não estão disponíveis no Portal da Transparência. A Polícia Federal e o Ministério Público suspeitam que contratos firmados por essas duas empresas com órgãos públicos tenham sido usados para desviar recursos públicos para o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR), ex-petista. Até agora, a força-tarefa citou contratos de publicidade envolvendo o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal, em que a fatia desviada era da ordem de 10% para cada contrato. Entre as empresas suspeitas de integrar esse esquema estão companhias de agentes políticos. (Estadão)

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