quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Agência aumenta risco de racionamento de energia no Brasil; reajuste pode ser solução
Agência aumenta risco de racionamento de energia no Brasil; reajuste pode ser solução
Foto: Divulgação / Furnas
A agência Fitch Ratings aumenta a possibilidade de racionamento de energia no Brasil, devido à fraca recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O nível dos reservatórios no subsistema Sudeste/Centro-oeste, maior do país, estava em 16,82% em 29 de janeiro deste ano, quando em 31 de janeiro de 2014 estava em 40,28%. Em decorrência disso, a qualidade de crédito das distribuidoras e geradoras de energia pode ser afetada. Estão imunes as companhias de transmissão e as de geração baseadas em fontes hídricas. Por outro lado, a agência analisa que o risco de racionamento pode ser reduzido devido à maior capacidade das usinas térmicas e dos sistemas de transmissão brasileiros, em relação a 2001 (em julho daquele ano começou o racionamento de energia no Brasil, que durou até fevereiro de 2002). Em comunicado emitido nesta quarta-feira (04), a Fitch Ratings considera positiva a abordagem do governo federal em aumentar a tarifa para os consumidores, para refletir o atual elevado custo de compra de energia. O ajuste seria uma alternativa aos subsídios e aos empréstimos bancários usados para limitar o aumento das contas nos últimos anos. "A estratégia de tarifas mais realistas deve prevenir o descasamento de fluxo de caixa das empresas de energia e pode limitar o aumento da demanda. Além disso, o provável baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, estimado pela Fitch em 1,0% para 2015, deve reduzir o consumo de energia e ajudar no balanceamento entre oferta e demanda de eletricidade", projeta a agência.

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