quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Juiz que deu ordem de prisão a funcionários da TAM já julgou improcedente caso semelhante

Juiz que deu ordem de prisão a funcionários da TAM já julgou improcedente caso semelhante
Foto: Reprodução
O juiz Marcelo Testa Baldochi, que deu ordem de prisão a três funcionários da TAM ao chegar atrasado para um embarque, já julgou uma ação movida pelo mesmo motivo, em 2012, favorável à empresa aérea. "Percebe-se que o autor chegou ao aeroporto para realizar check-in. Nota-se que as companhias aéreas recomendam chegada com antecedência mínima de uma hora para realização de check-in e meia hora para comparecimento ao portão de embarque. Era ônus, pois, do autor, comparecer ao portão de embarque com trinta minutos de antecedência e não chegar ao aeroporto, pois, da chegada ao portão de embarque, presume-se que já feito o check-in, razões pelas quais tomo por sua exclusiva culpa a responsabilidade pelo fato causado", decidiu Baldochi. Outras situações polêmicas também envolvem o nome do magistrado, como a briga com um flanelinha, em 2013, por uma vaga de estacionamento. Baldochi levou um golpe na cabeça e passou uma semana internado. Já em 2007, 25 pessoas foram resgatadas da fazenda do juiz, em Açailândia, Maranhão. Os trabalhadores se encontravam em situação análoga à escravidão. No entanto, não houve nenhuma punição, e o caso foi arquivado. Um comunicado oficial divulgado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) repudiou a atitude do juiz no sábado (6), considerando inadmissível o abuso de poder. Semelhante opinião foi emitida pela Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA). "Se for observado algum tipo de excesso, que haja efetivamente a punição. Porque nós, magistrados do Estado do Maranhão, não compactuamos com esse tipo de atitude", afirmou Gervásio Protásio, presidente da AMMA, em nota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário