Enquanto autoridades contam milhares de vítimas e tentam conter a propagação do ebola no oeste da África, a economia reage à doença. A primeira vítima pode ser o chocolate. A região afetada pelo surto responde por quase dois terços da produção mundial de cacau e, diante do avanço do problema, o preço da fruta que serve de matéria-prima para o chocolate já subiu 23% em um ano.
As mais de 4 mil mortes causadas pelo ebola compõem a face mais trágica da doença no oeste da África. O tamanho do drama humanitário e de saúde pública tornam as cifras menos importantes, mas a doença tem crescido a uma velocidade tão assustadora que economistas começam a contabilizar os prejuízos.
Uma das primeiras vítimas é a indústria cacaueira. O ebola está concentrado em três países – Guiné, Libéria e Serra Leoa – que já contam mais de 4 mil mortes e mais de 8 mil casos confirmados e suspeitos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Do outro lado da fronteira leste da Guiné e Libéria, está o maior produtor mundial de cacau: a Costa do Marfim. Ao lado, o segundo maior: Gana. Segundo a Organização Internacional do Cacau em Londres, Costa do Marfim e Gana são responsáveis por 61% da produção mundial da fruta que fornece amêndoas para a fabricação do chocolate.
( Estadão )
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