sábado, 6 de setembro de 2014

A história da 1ª viagem de automóvel entre Ipiaú e Jequié

Giro dedica série de reportagens aos esportes radicais.
O Giro inicia nesta sexta-feira, 5, uma série de reportagens que narram as aventuras do  povo ipiauense nas terras e águas.É um espaço dedicado a ciclistas, motociclistas, canoístas, skatistas e outros protagonistas  dos esportes radicais.As matérias serão postadas a cada sexta-feira e contam com a assinatura do jornalista José Américo Castro. Na postagem de hoje ele faz a apresentação de série e resgata uma aventura automobilística realizada no ano de 1927. Confira:
Aventuras nas terras e águas
É certo que a juventude de Ipiaú sempre foi dada à pratica esportiva e às aventuras nas serras e matas da região, bem como nas águas dos rios, lagos e represas. As primeiras aventuras foram pela própria sobrevivência, pela conquista da terra e demarcação do território. Caçadas, pescarias, corridas de cavalo, mergulhos e travessias nos rios, formavam o repertório das aventuras esportivas em décadas passadas. Muitas dessas atividades prosseguem em ocasiões especiais. Dentre as novas aventuras destacam-se aquelas em que são utilizadas bicicletas, motocicletas e outros veículos da modernidade, mas também ocorrem as cavalgadas e caminhadas em trilhas ecológicas. Nossa série começa com a aventura que um português empreendeu de automóvel entre Jequié e Ipiaú num período em que nem se sonhava com rodovias.
Desafio à beira rio 
Foi margeando o Rio das Contas que aconteceu a primeira grande aventura automobilística da região. No ano de 1927, um jovem motorista de nacionalidade portuguesa e de pré-nome Anibal resolveu fazer de automóvel um percurso que, até então, somente era feito caminhando ou a lombo de animal. Dirigir de Jequié a Ipiaú (então Rio Novo) era o desafio do corajoso lusitano. Margeando o rio das Contas, subindo e descendo barrancos nas fozes dos seus afluente, cavando trechos, aterrando outros, atolando, enfrentando todos os perigos inerentes, ele venceu os obstáculos ao longo de mais de 15 léguas até chegar na Vila de Rio Novo onde a população lhe fez uma animada recepção. “Comeu-se, bebeu-se, dançou-se, tudo em regozijo pelo grande acontecimento”, registrou o historiador Clemilton Andrade. Com essa aventura de Anibal foram iniciadas as comunicações rodoviárias com Jequié em estrada improvisada, melhorada dia a dia pelo próprio povo  até que no ano de 1931 o Governo do estado resolveu investir na construção da rodovia ligando os dois municípios. (Giro/José Américo Castro). 

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